File:Castelo de Ouguela - Portugal (52207274943).jpg
Original file (2,048 × 1,365 pixels, file size: 2.04 MB, MIME type: image/jpeg)
This is a file from the Wikimedia Commons. Information from its description page there is shown below. Commons is a freely licensed media file repository. You can help. |
Summary
DescriptionCastelo de Ouguela - Portugal (52207274943).jpg |
O Castelo de Ouguela, no Alentejo, ergue-se na antiga vila de Ouguela, hoje parte da freguesia de São João Baptista, concelho de Campo Maior, distrito de Portalegre, em Portugal. Erguido sobre uma escarpa, o castelo domina a vila, na margem esquerda da ribeira de Abrilongo, próximo à sua confluência com o rio Xévora, vizinho à raia com a Espanha. Reconstruído por D. Dinis (1279-1325), recebeu linhas abaluartadas do reinado de D. João IV (1640-1656). De seus muros observa-se a fortificação espanhola de Alburquerque. Atualmente integra a Área Turístico-Promocional de Planícies. História Antecedentes A primitiva ocupação de seu sítio remontará a um castro pré-romano. À época da Invasão romana da Península Ibérica a povoação foi designada como Budua. Ocupada pelos Visigodos, que a denominaram Niguela, estes foram sucedidos, a partir do século VIII pelos Muçulmanos, que a terão fortificado. O castelo medieval No castelo de Ouguela.jpg À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, terá sido definitivamente conquistada, posteriormente a 1230, por forças castelhanas e leonesas. Anos mais tarde, a 28 de Maio de 1255, os homens-bons do concelho de Badajoz doaram Ouguela e outras localidades ao Cabido e ao Bispo de Badajoz. Pelo Tratado de Alcanices (12 de Setembro de 1297) os domínios de Ouguela e seu castelo passaram a pertencer à Coroa de Portugal. Já no ano seguinte, D. Dinis (1279-1325), visando o seu povoamento e defesa, outorga-lhe Carta de Foral com muitos privilégios (Lisboa, 5 de Janeiro de 1298), determinando a reedificação de suas defesas. No reinado de D. Fernando inicia-se a construção da nova cerca da vila, trabalhos que prosseguem sob o reinado de D. João I (1385-1433). Este último, também visando o seu povoamento e defesa, concedeu à vila o privilégio de couto de homiziados (7 de Dezembro de 1420). Em 1475, à época da batalha de Toro, confrontaram-se nas suas vizinhanças o alcaide-mor de Ouguela, João da Silva, e o alcaide-mor da vila espanhola fronteira de Albuquerque, João Fernandes Galindo. Ambos vieram a perecer devido aos ferimentos recebidos: o espanhol imediatamente, tendo o português sobrevivido ainda vinte e oito dias. Em 1551, Diogo da Silva, neto do alcaide-mor de Ouguela, mandou colocar uma cruz no local do combate, atualmente no Museu de Elvas. Sob o reinado de D. Manuel I, a vila e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). O soberano concedeu-lhe Foral Novo (Lisboa, 1 de Junho de 1512). À época eram seus alcaides os Cunhas, senhores de Tábua. Da Guerra da Restauração aos nossos dias Adarve do castelo de Ouguela. Quando da Restauração da independência portuguesa, o Conselho de Guerra de D. João IV (1640-1656) determinou a modernização das suas defesas, que ganharam linhas abaluartadas com projeto a cargo do arquiteto francês Nicolau de Langres. É deste período o episódio que imortalizou a sua defesa, quando da invasão do Alentejo por uma força de 1.500 cavaleiros e 1.000 infantes espanhóis oriunda de Badajoz, sob o comando do marquês de Torrecusa, em 1644. Para a conquista de Ouguela ofereceu-se um traidor, João Rodrigues de Oliveira, que tendo-se distinguido no Brasil à época da Dinastia Filipina, alcançou o posto de Sargento-mor. Com a Restauração, retornou a Portugal, onde, no Alentejo, passou-se para os espanhóis, recebendo, como recompensa, o posto de Mestre de Campo e o cargo de governador de Vilar de Rei. O traidor marchou sobre a praça portuguesa, à frente de seiscentos cavaleiros e outros tantos infantes escolhidos, na noite de 9 de Abril (um sábado). Entre os portugueses que andavam pilhando gado do lado espanhol, para alimento das tropas, quatro soldados da guranição de Campo Maior, percebendo o movimento de tropas, ocultaram-se e misturaram-se à retaguarda da coluna, inteirando-se dos planos do ataque. Utilizando-se de atalhos, alcançaram Ouguela duas horas antes dos atacantes, avisando o governador da praça, capitão Pascoal da Costa, dando-lhe tempo de organizar uma apressada defesa ao alvorecer. Contava este oficial com 45 homens e mais as gentes da vila, entre as quais uma mulher, Isabel Pereira, que se destacou, quer pelejando nas trincheiras, como repartindo pólvora e balas aos soldados, e retirada ao castelo ficou desacordada por algum espaço com a ferida que lhe deram, até que tornando em si, e vendo que não era perigosa, prosseguiu a pelejar com maiores brios até o fim. Os defensores resistiram à tentativa de explosão das portas do castelo, aos assaltos às muralhas e às promessas e ameaças que João Rodrigues de Oliveira dirigiu ao governador sitiado, que tinha sido cabo de esquadra e servido sob as suas ordens no Brasil. Após três horas de assalto, os espanhóis se retiraram deixando escadas nos muros, vinte mortos no campo e levando dezenas de feridos. Durante o século XVIII registram-se a edificação de um baluarte, um meio-baluarte e de um revelim (1755). Com a defesa assim reforçada, sob o comando do capitão de cavalaria Brás de Carvalho, a praça resistiu a nova invasão espanhola (1762). Uma planta e perfil de Ouguela, datada do período entre 1755 e 1803 mostra a defesa complementada por uma atalaia, fossos e estacaria. Nesta última data, eram edificadas, sob o comando do marquês de la Reine, pelo Sargento-mor de Engenheiros Maximiano José da Serra, as lunetas do Cabeço da Forca e do Mártir. Embora tenha-se projetado a recuperação de uma das torres a Sul do castelo (1828) e a construção de uma meia-lua para proteção do acesso Leste (1829), a praça foi desmilitarizada em 1840. Posteriormente, o setor Oeste, definido pelas estruturas abaluartadas, passou a funcionar como cemitério da povoação. No início do século XX ainda se observavam as guaritas circulares de tijolos nos ângulos da 2ª linha defensiva. O conjunto foi classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 18 de Agosto de 1943. A intervenção do poder público, através da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), fez-se sentir através de campanhas desenvolvidas em 1976, 1987, 1991 e 1994, envolvendo a consolidação, reparos e recuperação do castelo, dos baluartes e das áreas internas e de acesso. Recentemente desenvolve-se um projecto de salvaguarda e valorização do castelo e fortificações de Ouguela, da autoria dos Arquitectos Miguel Pedroso de Lima e José Filipe Cardoso, integrando a recuperação, revitalização e valorização dos núcleos urbanos de Ouguela (Portugal) e Albuquerque (Espanha) e respectivas fortificações. O projeto prevê a criação de uma área museológica, núcleo de investigação e documentação, e a implementação de circuitos (eqüestres e pedonais) com ligação cénica à fortificação de Albuquerque. Características Na cota de 259 metros acima do nível do mar, apresenta planta hexagonal irregular, com muralhas em pedra de granito e de xisto, misturando elementos da arquitetura militar medieval (muralhas e torreões) e moderna (baluartes, escarpas, parapeitos, revelins). A entrada, a Norte, é constituída por duas torres emparelhadas com arco de volta perfeita, porta de arco quebrado, bueira e sistema para grade. É defendida por um meio-baluarte com quatro canhoneiras e uma barbeta, apresentando orelhão direito para proteção da porta da fortaleza. Esta, armoriada, é defendida por uma casamata com sete frestas. O adarve do castelo medieval, com muretas de proteção em ambos os lados, está completo. As ameias das torres e muralhas foram substituídas por barbetas e por canhoneiras (na torre de menagem). Envolvendo o perímetro abaluartado, abre-se um fosso com reparo de traçado tenalhado e caminho de ronda. Faziam parte integrante da fortaleza, várias fortificações avançadas, nomeadamente as lunetas do Cabeço da Forca, a Sudeste, e No Mártir, a Noroeste. <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Ouguela" rel="noreferrer nofollow">pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Ouguela</a> |
Date | |
Source | Castelo de Ouguela - Portugal 🇵🇹 |
Author | Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL |
Camera location | 39° 04′ 29.77″ N, 7° 01′ 39.4″ W | View this and other nearby images on: OpenStreetMap | 39.074935; -7.027612 |
---|
Licensing
- You are free:
- to share – to copy, distribute and transmit the work
- to remix – to adapt the work
- Under the following conditions:
- attribution – You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
- share alike – If you remix, transform, or build upon the material, you must distribute your contributions under the same or compatible license as the original.
This image was originally posted to Flickr by Portuguese_eyes at https://flickr.com/photos/21446942@N00/52207274943. It was reviewed on 4 August 2022 by FlickreviewR 2 and was confirmed to be licensed under the terms of the cc-by-sa-2.0. |
4 August 2022
Items portrayed in this file
depicts
some value
39°4'29.766"N, 7°1'39.403"W
0.004 second
66 millimetre
100
image/jpeg
78f774abb4383a4714af732cf0854a696f2babe8
2,138,189 byte
1,365 pixel
2,048 pixel
23 January 2022
File history
Click on a date/time to view the file as it appeared at that time.
Date/Time | Thumbnail | Dimensions | User | Comment | |
---|---|---|---|---|---|
current | 18:49, 4 August 2022 | 2,048 × 1,365 (2.04 MB) | Tm | Transferred from Flickr via #flickr2commons |
File usage
The following page uses this file:
Metadata
This file contains additional information, probably added from the digital camera or scanner used to create or digitize it.
If the file has been modified from its original state, some details may not fully reflect the modified file.
Camera manufacturer | Canon |
---|---|
Camera model | Canon EOS Kiss X6i |
Exposure time | 1/250 sec (0.004) |
F-number | f/8 |
ISO speed rating | 100 |
Date and time of data generation | 16:24, 23 January 2022 |
Lens focal length | 66 mm |
Width | 2,048 px |
Height | 1,365 px |
Bits per component |
|
Pixel composition | RGB |
Orientation | Normal |
Number of components | 3 |
Horizontal resolution | 240 dpi |
Vertical resolution | 240 dpi |
Software used | Adobe Photoshop 23.2 (Macintosh) |
File change date and time | 20:31, 10 July 2022 |
Exposure Program | Normal program |
Exif version | 2.31 |
Date and time of digitizing | 16:24, 23 January 2022 |
Shutter speed | 7.965784 |
APEX aperture | 6 |
Exposure bias | 0 |
Maximum land aperture | 4.75 APEX (f/5.19) |
Metering mode | Pattern |
Flash | Flash did not fire, compulsory flash suppression |
DateTimeOriginal subseconds | 00 |
DateTimeDigitized subseconds | 00 |
Color space | sRGB |
Focal plane X resolution | 5,798.6577181208 |
Focal plane Y resolution | 5,788.9447236181 |
Focal plane resolution unit | inches |
Custom image processing | Normal process |
Exposure mode | Auto exposure |
White balance | Auto white balance |
Scene capture type | Standard |
Serial number of camera | 033031000929 |
Lens used | TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016 |
Date metadata was last modified | 21:31, 10 July 2022 |
Unique ID of original document | 89ADE575A139E45A4F6647DF51FBCAAE |
IIM version | 4 |